Os serviços de táxi em Juiz de Fora foram tema de Audiência Pública realizada na tarde desta terça-feira (15), na Câmara Municipal. Do debate, uma grande conclusão: os problemas e as melhorias para o setor só serão encontrados quando toda a cidade discutir de fato o tema. Para o vereador Flávio Cheker, um dos proponentes da reunião, a cidade precisa vencer os obstáculos que têm impedido o diálogo, conseguindo reunir usuários, categoria e Poder Público numa mesma mesa.
A Audiência Pública contou com ampla participação, de usuários a profissionais do setor, que manifestaram suas posições sobre o tema. A questão da qualidade do serviço de táxi foi uma das mais abordadas, particularmente quanto a oferta de veículos nas ruas, bem como quanto ao atendimento dos taxistas. Por sua vez, os membros da categoria ressaltaram a importância de se valorizar a profissão, além de melhorar as condições de trabalho dos motoristas assistentes, que assumem o táxi no lugar dos permissionários.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Taxistas de Juiz de Fora, Aparecido Fagundes, não se pode falar que haja falta de táxis na cidade. Segundo ele, o número de veículos circulando atualmente, de 545 automóveis, é suficiente para atender a população, como atesta levantamento técnico realizado pela UFJF. Em sua opinião, a pouca oferta de táxis nos horários de pico e durante momentos de chuva se deve mais a dificuldades de trânsito, bem como ao fato de que os novos veículos liberados ainda não estão em circulação.
A questão do turismo também foi enfatizada durante os debates. Para o presidente do Comtur (Conselho Municipal de Turismo), Gustavo Silveira, é importante que os taxistas da cidade vejam-se como empreendedores, investindo em si próprios e valorizando sua profissão. Em sua opinião, é preciso que a categoria reconheça a necessidade da preparação, tanto para o atendimento à população da cidade, bem como aos turistas que visitam Juiz de Fora. Também presente, a presidente do Conventions Bureau, Andréia Rocha, destacou os diversos cursos de formação oferecidos na cidade, que dão condições para o melhor exercício da atividade.
De acordo com Cheker, é importante que estas questões sejam efetivamente discutidas pela cidade, para que a demanda tanto dos usuários como dos taxistas seja atendida. “Se não instituirmos um fórum permanente, corremos o risco de nunca encontrar as soluções para os problemas aqui apresentados”, disse. O parlamentar também reforçou a importância de os taxistas buscarem formação, de modo a valorizarem sua própria atividade. “Desta forma, fica mais fácil para os taxistas conseguirem melhorias para si próprios, contribuir com o setor de turismo de Juiz de Fora, que certamente sentirá os impactos dos grandes eventos que se aproximam, a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016, e aumentar sua própria auto-estima, e a dos juiz-foranos”, concluiu.