A ausência recorrente de secretários de governo nas audiências públicas levou o vereador Flávio Cheker a defender a adoção de uma postura mais firme da Câmara para com acontecimentos dessa natureza. “Temos que mudar a Lei Orgânica para deixar claro que, se os secretários são convocados têm que comparecer. Se há a convocação, ela deve ser priorizada”, considerou, destacando que sempre são apresentadas supostas “razões imperiosas” para o não comparecimento.
Agindo nesse sentido, o vereador encaminhou um requerimento à Procuradoria da Casa solicitando o estudo de alterações no artigo 56 da Carta Magna do município, que versa sobre o tema, “de modo a torná-lo mais positivo e determinante, a fim de evitar o contínuo não comparecimento de secretários municipais às convocações da Câmara Municipal”.
A iniciativa foi tomada após mais um debate frustrado pelo descaso das autoridades. A sensação de ineficácia dos encontros, já experimentada pelo vereador na audiência em que colocou em pauta as reivindicações dos moradores das áreas de ocupação , voltou a se repetir na discussão pública por ele convocada para debater os problemas ambientais, de saúde e de segurança pública existentes na parte alta da Rua Constantino Paleta, na confluência com o Morro do Imperador.
Cheker fez um ato de desagravo aos presentes, pedindo “desculpas pelo vexame da municipalidade” que, com a ausência de seus representantes, impediu a adoção de soluções concretas.
Apesar do incidente, a audiência cumpriu objetivos muito importantes. Primeiro, porque teve repercussões positivas: serviu para sensibilizar a Prefeitura e a população para o assunto. Segundo, porque foi o ponta-pé inicial para a formação de um movimento em defesa do Morro do Imperador, que deve se concretizar a partir da criação de uma Organização Não-Governamental (ONG) pelos moradores da região e pelo ciclista Miguel Giovanini.
Flávio, com moradores do Paineras e com o ciclista Miguel Giovanini