Representantes dos profissionais de enfermagem dos hospitais da Fhemig e o presidente da CUT Regional se reuniram com o vereador Flávio Cheker, no dia 16 de junho, para expor as insatisfações da categoria com o aumento da carga horária de 30h para 40h semanais, prevista no projeto de lei nº1973/2007, que se encontra em tramitação na Assembléia Legislativa. Entre as reivindicações está a de que Cheker venha a ser intermediário entre a categoria e o governo para buscar a melhor solução para a classe.
O vereador informou que irá acionar a bancada petista de deputados para tentar rever, “de forma mais criteriosa”, a aprovação do projeto que tramita nas comissões da Assembléia. Isto porque os profissionais alegam que o aumento da carga horária trará reflexos negativos na qualidade do atendimento dos pacientes, além do temor de que a medida provoque a demissão de 1/3 dos trabalhadores.
Durante o encontro, Cheker recebeu um documento contendo os motivos da insatisfação da categoria com a mudança e aumento da carga horária. Há também a denúncia de que estatísticas, das próprias coordenações de chefias, identificam o aumento do número de erros cometidos com os pacientes, em decorrência da sobrecarga de trabalho dos profissionais de enfermagem. Eles destacaram o receio do aumento do desemprego que poderá ocorrer no setor, caso o projeto seja aprovado pelos deputados.
Flávio Cheker observa que a saúde tem peculiaridades, razão pela qual defende uma jornada diferenciada. “Nossa intenção é garantir o bem-estar de trabalhadores e pacientes. O temor da categoria é de que, além da redução do número de profissionais nos hospitais conveniados, acarretando queda da qualidade dos serviços, os usuários também tenham que se submeter às péssimas condições de atendimento”.
“Vale lembrar que no mesmo momento em que as centrais sindicais, representando a classe trabalhadora brasileira, entregam ao Congresso Nacional, mais de um milhão e meio de assinaturas pela redução da jornada de trabalho, o governador do Estado de Minas Gerais está fazendo justamente o contrário”, informou o presidente da CUT Regional.
Flávio garantiu que irá ser intermediário entre os profissionais e o governo, incluindo a Câmara Municipal nesse diálogo. “A reivindicação é legitima e garante a qualidade do atendimento dos profissionais do setor de saúde pública. Estaremos atentos a essa pauta e garantimos o apoio ao movimento, no sentido de buscar melhores condições de trabalho para a categoria”.