O vereador Flávio Cheker se solidarizou com a situação de temor pela possibilidade de desemprego, que levou vigilantes da UFJF (Universidade Federal de Juiz de Fora) ao debate em audiência pública, no dia 21 de fevereiro. Isto ocorreu após a instituição ter publicado edital de contratação de 58 vigias e porteiros, com a possível redução no efetivo de profissionais de vigilantes que realizam a segurança no local.
O temor e a instabilidade aumentaram quando a categoria não obteve respostas concretas e não conseguiram obter da Reitoria da Universidade, explicações sobre o destino de aproximadamente 60% do quadro de vigilantes, que poderão ser substituídos pela entidade federal. Além disto, os profissionais abordaram o receio de que equipamentos e tecnologias de segurança (que devem ser utilizados como “auxílio”) acabem por destituir os vigilantes de seus cargos, também em agências bancárias, fato que, segundo afirmaram, “já vem acontecendo em casas lotéricas e caixas eletrônicos”.
Flávio Cheker ressaltou que em problemas desta natureza o primeiro argumento apontado é o econômico, mas que este não pode sacrificar os trabalhadores, enfatizando que estes devem se mobilizar e promover um maior envolvimento social, já que a UFJF, como parte integrante da sociedade, precisa se sensibilizar e tentar realocar esses profissionais ou mesmo buscar alternativas para evitar tantas demissões.
“Proponho que seja criado um grupo de trabalho, uma força tarefa, que busque, junto à Reitoria, alternativas e perspectivas para esses pais de família. E não se trata de discurso fácil, pois sabemos que, como autoridade maior da UFJF, a Reitoria deve promover diálogo sem reprimendas, estando aberta a negociações e sendo sensível à categoria. Poderá ser tentada uma realocação destes contratados na rede de órgãos do Governo Federal, que é ampla e que, com certeza, será útil à segurança de todos nós”, sugeriu Cheker.
O vereador também apresentou projeto de lei, ainda em tramitação na Câmara, criando normas sobre o serviço de segurança em eventos particulares que dependem de expedição de alvará administrativo, visando a proteção da vida humana, do patrimônio dos participantes, dos promotores das festas e do município. A empresa deverá ser especializada, capacitada e regularizada pela Polícia Federal.
“Queremos estimular a organização dos profissionais de vigilância, valorizar a categoria e gerar empregos regularizados, sem prejuízo das pessoas atualmente contratadas pelos promotores de eventos particulares para o serviço de apoio. Além disto, o projeto abre exceção para entidades filantrópicas, sem fins lucrativos, que poderão realizar eventos apenas com serviços públicos de segurança e a Prefeitura, com a Guarda Municipal. Em caso do Executivo contratar serviço especializado, terá que observar o previsto nesta lei”, esclareceu Cheker.