“A Câmara é palco de debates, muitas vezes acalorados e apaixonados, onde percebemos a pluralidade da sociedade e seus interesses diversos. Entretanto, a postura de um homem público não deve ser a de acirrar esses antagonismos, mas a de contribuir para a unidade dos contrários, buscando lançar pontes e promover uma maior aproximação entre os princípios divergentes.”
O pronunciamento é do presidente da Comissão de Direitos Humanos e Cidadania da Câmara, Flávio Cheker, ao propor maior entendimento durante o debate, em audiência pública, que discutiu as divergências entre homossexuais e evangélicos, realizada no mês de outubro.
Para Cheker, que foi um dos proponentes da criação da Comissão – da qual é presidente, é importante que diferentes segmentos da sociedade defendam com legitimidade seus interesses e idéias. Mas, ressaltou que as convicções individuais devam ser respeitadas e abordadas de forma democrática. “Triste era o tempo da ditadura, onde as verdades eram impostas”, advertiu o vereador.
Com a postura da unidade, Flávio Cheker reafirmou seus princípios, colocando-se, não só pessoalmente, mas também como presidente da Comissão de Direitos Humanos e Cidadania, contrário a qualquer tipo de discriminação. “Não devemos discutir as convicções de cada um, mas respeitá-las. Devemos ser solidários para lutarmos contra os laços da opressão. Pela liberdade do culto religioso. Pela liberdade da opção sexual”, concluiu.