A busca de alternativas para os problemas de trânsito na Zona Sul da cidade, que se ampliam com a instalação de inúmeros empreendimentos na área, foi debatida em audiência pública, na Câmara Municipal, no dia 17 de junho. O vereador Flávio Cheker defendeu a necessidade de desaceleração do crescimento naquela área, através do estímulo ao desenvolvimento de outras regiões da cidade.
Ele sugeriu, também, a formação de um grupo de trabalho, com representantes do Poder Público e da sociedade, como tentativa de equacionar as alternativas mais eficazes, aliadas à execução do Plano Diretor de Transportes Urbanos, na solução dessas questões.
“Uma medida de desaceleração não é restrição aos empreendimentos. Mas é fundamental que se pise no freio, agora, até que mecanismos preventivos e ações de intervenção possam ser implantados, sem que haja adensamento populacional e grandes impactos na qualidade de vida de todos”, alertou Cheker.
Reconhecendo a complexidade dos problemas, o vereador defendeu a diluição dos novos negócios por toda a cidade e destacou que o planejamento estratégico (incluindo captação de redes de água e esgoto, bem como a questão do transporte público) não pode ser pontual, uma vez que as áreas são integradas e a solução de ordenamento se refletirá por todo o município.
“Não podemos ficar reféns dos fatos. Sabemos que os novos empreendimentos comerciais, residenciais, de lazer e serviços vêm trazendo repercussões na vida dos moradores de São Mateus, Cascatinha e demais bairros da Zona Sul. E para resolver esta saturação, necessitamos de um estudo profundo, que discipline também o futuro de Juiz de Fora. Daí a importância do Plano Diretor de Transportes Urbanos”, ressaltou.
Inúmeras alternativas foram citadas, passando pela educação, restrições, proibições, providências emergenciais de pequeno porte, áreas de estacionamento, trânsito de caminhões pesados, terminal de cargas e até o tráfego de carroças. Flávio destacou que dar atenção ao segmento dos carroceiros, além de ser uma questão social é também uma questão de saúde pública, já que os cavalos podem trazer como vetor de doenças, por exemplo, o carrapato-estrela. O alerta foi dado por profissionais do ensino, temendo pela saúde dos alunos, já que nas proximidades da Escola Estadual Fernando Lobo foi detectada a presença de um ponto de carroças.