O Secretário de Desenvolvimento Social, Flávio Cheker, está participando do “Simpósio Internacional sobre Drogas: da Coerção à Coesão”, em Brasília, representando o comitê gestor do programa “Crack, é possível vencer” da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF). O evento é promovido pelo Ministério da Saúde, em parceira com o Ministério da Justiça, Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (Unodc) e com o Instituto Igarapé. Mais de 600 participantes, de diversos países do mundo, estão reunidos para discutir as políticas sobre drogas entre os diversos setores da sociedade e buscar soluções eficazes para o enfrentamento ao uso de entorpecentes.
A abertura do simpósio aconteceu na noite de segunda-feira, 9, com a conferência “O fenômeno das drogas e seus desafios para os Direitos Humanos”. Ao longo do evento, estão sendo feitas discussões acerca das políticas públicas voltadas aos usuários de drogas e ao combate do uso de substâncias entorpecentes. As mesas temáticas, realizadas nesta terça, 10, e na quarta-feira, 11, discutirão temas como direitos humanos e o papel da mídia no debate sobre drogas.
Além do secretário Flávio Cheker, a PJF também está sendo representada, a convite do Governo Federal, pela presidente do Conselho Municipal de Políticas Integradas sobre Drogas (Compid), Ana Cecília Vilela Guilhon. “Recebemos o convite de três Ministérios: da Saúde, do Desenvolvimento Social e da Justiça, e logo percebemos que se tratava de algo muito sério. Impressão confirmada quando aqui chegamos, pela qualidade das intervenções e pelo grau de excelência dos participantes. Estamos entrando em contato com diversas experiências de políticas públicas que foram efetivadas em outros países, como Argentina, Canadá, Chile, Holanda, Portugal, República Tcheca e Uruguai”, relatou Cheker, diretamente do simpósio.
O secretário de Desenvolvimento Social ressaltou, ainda, a importância do evento para o avanço nas políticas públicas de combate ao uso de drogas no município de Juiz de Fora. “O que se busca é a mudança de uma abordagem coercitiva para uma abordagem que valorize a construção de espaços de coesão social. Juiz de Fora é uma das cidades que estão na vanguarda de adesão ao programa federal ‘Crack, é possível vencer’, e, de nossa inserção correta, depende o sucesso do programa em nossa cidade. O simpósio vai nos servir como orientador para que isso aconteça. A sociedade como um todo, e as famílias em particular, não suportam mais o convívio com essa realidade. E estamos dando passos seguros nessa direção. O tratamento da dependência de drogas sem o consentimento do paciente deve ser considerado como uma opção de curto prazo e como último recurso em algumas situações graves de emergência e precisa seguir as mesmas normas éticas e científicas que o tratamento de natureza voluntária”, afirmou Cheker.