As pesadas chuvas do verão brasileiro são um verdadeiro pesadelo para parte da população de Juiz de Fora. Vivendo em encostas ou nas margens, estas pessoas se vêem anualmente sob o risco de deslizamentos de terra, desabamentos e enchentes, que ameaçam não apenas suas moradias, mas também suas vidas.
Há quase 19 anos, o vereador Flávio Cheker tinha aprovado seu primeiro projeto de lei. O texto da Lei n° 8247/93 buscava atender justamente esta população residente em áreas de risco, determinando que, a partir da elaboração de um cadastro, estas famílias fossem priorizadas nos planos habitacionais realizados pela Prefeitura de Juiz de Fora, nos programas habitacionais de outros agentes financiadores, bem como de implantação e comercialização de lotes urbanos e de financiamento de materiais de construção.
Passados tantos anos, inúmeras famílias ainda residem nestas áreas de risco. Sempre procurando atender esta população, bem como fazer valer a lei aprovada, o vereador Flávio Cheker teve aprovado um Pedido de Informação, que inquire a Prefeitura sobre o cadastramento das pessoas que moram em áreas de risco, e sobre sua priorização nos programas habitacionais promovidos pela cidade.
Cheker retoma a opinião pronunciada em 1993 para ressaltar a importância da ação. “Ainda acreditamos que ‘o vereador tem que procurar contribuir para resolver as questões do município no atacado e não no varejo. Melhor que dar sacos de cimento é dar condições concretas para as pessoas construírem suas casas’”. De modo semelhante, mais uma vez ele cobra que o Executivo, hoje e também naquele momento chefiado por Custódio Mattos, cumpra com sua obrigação de priorizar esta população. “Depois de tantos anos, situações como a do Bairro Industrial, do Leito da Leopoldina e tantas outras, continuam sem solução. Isso depõe contra o Poder Público e demonstra uma profunda indiferença para com estas famílias”.
De acordo com o parlamentar, este cuidado com as áreas de risco em Juiz de Fora deveria ser priorizado dadas as características geomorfológicas e históricas da cidade. “Sabemos que o município surgiu em um vale, com ocupação não planejada das encostas e das margens dos leitos dos rios. Isto exige atenção redobrada do Poder Público”, afirma.